Antes de falar sobre o que aprendi com a Disney sobre emoções, preciso falar sobre como me organizo para não deixar coisas importantes se perderem no tempo.
Organização para ser mais produtiva
Para quem não sabe, sou uma pessoa bem organizada. Organizada ao ponto de ter algumas listas não muito comuns, do ponto de vista dos meus amigos e familiares. Para não me perder e deixar alguma coisa importante passar despercebida, tenho algumas listinhas interessantes sobre os meus hobbies.
Uma delas é sobre os filmes que ainda quero assistir (tem várias outras como filmes, lugares para visitar, comidas que quero aprende a fazer ou experimentar etc).
Nem sempre consigo ir ao cinema quando os filmes estão em cartaz, porque, às vezes, a agenda está cheia e não consigo tempo mesmo.
Um dos filmes da minha listinha era o “Divertidamente” da Disney em parceria com a Pixar. Na época que estava em cartaz nos cinemas eu ainda morava em Santos e não consegui assistir no cinema. Para não deixar de assistir, coloquei na minha listinha.
No início desse mês fui ao Congresso de Inteligência Emocional em São Paulo e quando fui colocar mais filmes na minha lista, dei de cara com o “divertidamente. Aquele nomezinho me olhou e disse: “Ei, que tal me assistir hoje que você vai ficar em casa mesmo?”
Aproveitei então que a gripe que me “atacou” de forma “hard” e resolvi assistir o filme bem depois do almoço.
Como era de se esperar, eu AMEI o filme.
Sobre o filme
Para quem não assistiu aqui vai um resuminho: o filme conta a história de uma menininha de 11 anos que enfrenta uma série de mudanças em sua vida, quando foi morar em uma cidade bem diferente da cidade que tinha vivido até aquele momento.
O filme acontece dentro da cabeça da menina, contando sua história pelo ponto de vista de 5 emoções (5 personagens). São elas: Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo.
O legal do filme são as mensagens que o filme passa de forma sútil para nós telespectadores.
As memórias são fixadas pelas emoções.
Sabemos que as lembranças que temos são fixadas no nosso cérebro com um estado de espírito, sem eles bons ou ruins.
Uma mesma situação pode ter sido vivenciada por dois irmãos e para um será fixada como uma lembrança boa, pois a emoção que sentiu na hora era positiva. Já para o outro a lembrança pode ser ruim, porque o sentimento do momento não foi bom.
Exemplo: dois irmãos estão brincando e um recebe um elogio da mãe (alegria) já outro recebe uma chamada de atenção (tristeza ou raiva). Por isso é sempre bem importante observarmos como estamos lidando com as crianças que convivemos. Estamos oferecendo a elas fixarem na memória sentimentos bons ou ruins?
Todas as emoções são importantes na nossa vida
É claro que preferimos as emoções positivas como a alegria e o amor (que nesse caso não aparece de forma explícita no filme). Porém, não podemos ignorar que sentir tristeza e raiva em alguns momentos é importante.
Quando estamos com raiva de alguma coisa, temos a oportunidade de agir diferente em relação ao que está nos incomodando.
Por exemplo, quando estamos com raiva de alguma coisa, temos a oportunidade de pararmos para pensar porque isso está acontecendo. Além disso, podemos mudar nossa atitude para que essa emoção não se repita, ou seja, que gere emoções positivas.
Sendo assim, o que não pode acontecer é se deixar dominar por essas emoções negativas e ficar paralisada remoendo o assunto.
Sempre digo que somos responsáveis por escolher mudar ou continuar sentindo aquela emoção.
Sentir tristeza também é importante
Quantas vezes tomamos decisões importantes na nossa vida porque não queremos nos sentir mais tristes? Logo, a tristeza é uma emoção que pode gerar bastante transformação em nossas vidas.
Quando nos autorresponsabilizamos pela nossa felicidade, buscamos sempre tomar decisões que nos mantenha na maior parte do tempo com emoções positivas.
Nesse caso, entendemos que em alguns momentos teremos emoções negativas. Sendo assim, reconhecemos o valor delas, para gerar reflexão e nos impulsionar para agirmos e termos, na maior parte do tempo emoções positivas.
O medo nos faz sobreviver
O medo é um grande professor nas nossas vidas. É ele que impede que façamos coisas loucas, como atravessar a rua sem olhar para os lados ou evitar em andar de noite por lugares ermos etc.
O que não pode acontecer é deixar o medo te dominar ao ponto de não sair de casa por medo de acontecer alguma coisa ruim.
Sabemos que hoje em dia existem várias doenças que estão associadas ao medo exagerado, que chamamos de medo paralisante, como é o caso da síndrome do pânico.
Por isso é bem importante ficarmos atentos as nossa emoções negativas e nos questionarmos se elas estão sendo realmente saudáveis.
Existem memórias que acabam apagadas
No filme existe um grande lixão, onde as memórias não utilizadas acabam indo e com o tempo acabam virando poeira.
Durante um dia processamos milhões de informações, imagina se lembrássemos de todas elas.
Você lembra que roupa usou no dia 1º de fevereiro de 2018?
Pois é, aos poucos vamos apagando as coisas que não são relevantes para gente. Apagamos também informações que foram, de certa forma, traumáticas e difíceis de lidar.
Acho que é por isso que, com o passar do tempo, fica mais fácil retomar relações passadas. Perdoar algumas pessoas que considerávamos “imperdoáveis”.
Bem, o que eu posso dizer. O filme acaba e a sua cabeça fica pensando em várias coisinhas que nunca tinha pensando.
Passei o resto da tarde associando grande parte do meu otimismo aos fatos que aconteceram na minha infância. Coisas essas, que me impulsionaram a ser quem eu sou hoje.
Você dedica parte do seu tempo para pensar em como você se tornou quem é hoje?
Quer uma dica? Se você não viu o filme, corre e assiste. Vale muito a pena! Vou deixar aqui o trailer oficial do filme para te incentivar a assisti-lo.
Gláucia Coutinho
Eu sou a Gláucia Coutinho, advogada, coach e especialista em finanças pessoais e investimentos. Sou apaixonada pelo comportamento humano e como ele pode ajudar ou prejudicar o nosso sucesso financeiro.